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Volfrâmio: Portugal na Segunda Guerra Mundial

Portugal foi um país que manteve a sua neutralidade durante a Segunda Guerra Mundial, mas apesar de protegido e afastado desse terrível conflito que arrasava a Europa, também teve uma importante participação na guerra. Longe do cenário de Guerra que assolava a Europa, nazis e ingleses, inimigos nos campos de batalha, conviviam pacificamente pela região de Arouca, no centro de Portugal, próximo de Aveiro.

A razão desta convivência é muito simples e dá pelo nome de Volfrâmio, um minério essencial ao esforço de Guerra e que abundava em Portugal.

As minas de Regoufe ou as Minas de Rio de Frades, foram dois complexos mineiros explorados, durante a II Guerra Mundial, por ingleses e alemães.

Mina de Regoufe: A Companhia Inglesa

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Desde o ínicio do século xx que a região de Arouca estava identificada pelas suas potencialidades em termos de minério. A primeira licença de exploração data de 1915 e foi entregue a um francês, Gustave Thomas. Em 1941 é constituída em Regoufe, a Companhia Portuguesa de Minas, com capitais britânicos e que por isso ficou conhecida como a Companhia inglesa.

O complexo mineiro de Regoufe encontra-se disposto em anfiteatro á volta de uma área relativamente plana por onde correm pequenas linhas de água que drenam as galerias.

Mina de Rio de Frades: A Companhia Alemã

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Ali bem perto, a uma distância de cerca de 5km, na serra da Freita, uma outra mina rica em volfrâmio rivalizava com as Minas de Regoufe, não só pelo minério, mas por quem a explorava. Próximo dos ingleses, a Alemanha nazi recolhia volfrâmio nas Minas de Rio de Frades. Esta mina foi construída em 1923 com capitais essencialmente alemães e por isso ficou conhecida como a Companhia Alemã.

As ruínas das explorações mineiras de Rio de Frades encontram-se dispersas e aqui podemos encontrar a aldeia tradicional com casas de xisto, o “Bairro de Cima” um conjunto de antigas residências do pessoal técnico e administrativo e o núcleo principal da área de trabalho das minas, localizado no fundo do vale, constituído pelo edifício de escritórios, posto de socorros e posto médico, lavandaria e ainda a capela de Santa Bárbara em estado de ruínas.

Este é o nosso desafio para a descoberta desta região, percorrer a rota do volfrâmio em Portugal. Quer as Minas de Regoufe como as Minas de Rio de Frades, fazem parte do território do Arouca Geopark, um geoparque Mundial da UNESCO, com paisagens de uma beleza dramática, mas extraordinária. Sugerimos uma experiência mais completa, começando com a descoberta dos bonitos passadiços do Paiva, uma paisagem de rara beleza que nos encanta quando percorremos esta caminhos de madeira empoleirados na natureza. Atreva-se a atravessar a ponte suspensa sobre o Rio Paiva.

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Faça uma pausa para provar as iguarias locais. Escolha entre a posta arouquesa, os medalhões de vitela, o bife de arouquês ou a costeletas de vitela grelhada. Acompanhe com um vinho verde desta região e termine com um manjar de doces conventuais.

Recuperada a energia, continue pela serra em busca das antigas minas de volfrâmio, com a sensação que viaja no tempo. As ruínas das minas continuam cravadas na montanha, testemunhos de uma época, de um passado replete de gentes de trabalho. O silêncio à volta deste lugar ainda o torna mais fantástico. E chegado a Rio de Frades, refresque-se na bonita queda de água da ribeira afluente, um lugar de eleição para desportos radicais.

Contacte a nossa equipa para saber mais sobre a rota do volfrâmio em Portugal, ou sobre experiências, percursos e ideias para descobrir o nosso país.